Postagens

Mostrando postagens com o rótulo Livro Pano pra manga retalho pra capanga

Acidente de carro - Livro Pano pra manga retalho pra capanga

Imagem
 Acidente de carro Era véspera de natal e como de costume, era tradição ir à missa e depois irem para casa da avó para cear com a grande família que reunia nessa data todos os natais. Lúcia, Antônio e Juninho foram para celebração deixando Filipe com a irmã por saberem que, se o levasse, nem eles, nem ninguém da igreja participariam tranquilamente da liturgia, ainda mais que Filipe ganhara antecipadamente um carrinho de pilha que andava sozinho, emitia sons de polícia e ambulância que certamente o garoto iria querer levá-lo para missa. Em contrapartida do adiantamento do presente, o alemão teria que se comportar na noite de confraternização. A mãe deu banho no garoto, o arrumou para quando terminasse a missa eles os apanhariam de modo a irem à festa de Natal. Em um descuido da irmã, o menino fugiu para rua, ela saiu desesperada a sua procura que por sorte, não fora muito longe, ela o pegou andando em cima de uma parede semi-erguida, em uma construção em um lote em frente a ...

A cobra - Pano pra manga retalho pra capanga

Imagem
A cobra - Pano pra manga retalho pra capanga  A cobra Lúcia acordou e como de costume, foi cuidar de seus afazeres enquanto Filipe e Juninho balançavam no pé de pequi, em um balanço que o pai fizera, os dois ficavam o tempo todo, hora um empurrava ora outro balançava. A mãe se ocupava em lavar roupas e pajeá-los, os observando e os orientando a não balançarem tão alto, para evitar uma queda que, acarretaria quebrar um braço ou uma perna. Marina sua filha mais velha a ajudava a estender as roupas no varal dividindo a atividade em cuidar de duas bonecas, a “Morena e a Clara” que, em seu mundo imaginário eram suas filhas.   — Mamãe, quando eu tiver filhos de verdade não vou querer ter meninos, eles não dão sossego para as mães, só sabem dar trabalho! Disse a menina balançando no colo a Morena e continuou:    — As minhas filhas são boazinhas e não dão trabalho para mamãe, né meninas? A mãe apenas sorriu e continuou suas atividades. Depois do pequeno Filipe balançar seu...

Pano pra manga retalho pra capanga - O pequeno pastor

Imagem
Olá povo!         Hoje estou publicando mais um capítulo do meu próximo livro "Pano pra manga, retalho pra capanga" onde o garoto Filipe se aventura como boiadeiro.  Te convido a embarcar nessa aventura do branquelo!      O pequeno pastor       Era uma tarde ensolarada e Lúcia após fazer almoço, alimentar seus filhotes, mandar os dois mais velhos para escola e mais uma vez ter uma frustrante experiência de tentar fazer Filipe dormir após o almoço, acreditando que conseguiria pelo motivo de os dois terem dormido poucas horas na noite.       A mulher resolveu descansar um pouco após conferir se todas as portas e janelas estavam fechadas, enquanto o menino brincava com uns carrinhos e o tempo todo fazendo a pobre mãe de pista, passando o brinquedo em suas pernas, braços e até em seu rosto.        A mãe dava alguns cochilos e acordava assustada procurando o garoto entretido com os c...

Pano pra manga, retalho pra capanga "anjo negro"

Imagem
Anjo Negro                                                  Anjos existem!          Três anos após o nascimento do menino diferente, ele já se sentia um “Super-Menino”, um garoto de ferro, que nada podia lhe machucar ou fazer-lhe mau, isso tirava o sono da mãe.      O bairro estava bem desenvolvido, com muitas casas, algumas ruas já estavam sendo pavimentadas e muitas construções estavam em andamento.      Para tirar ainda mais o sossego da mãe, apesar das melhorias feitas na residência como: acabamentos do banheiro e revestimento no chão, a casa ainda não tinha muro, somente uma cerca improvisada de tela, e não segurava o garoto.       O menino feito um tatu, cavava e saía por baixo, ora ele a escalava e com a agilidade de um gato, fugia para rua deixando a coitada da mãe com a...

Pano pra manga retalho pra capanga "A Mudança"

Imagem
A mudança         Quando Filipe estava com três meses de vida, eles tiveram que mudar de casa, devido à localização de onde moravam, que não era nada favorável.         Era muito longe de tudo, escola, supermercado, açougue, farmácia, enfim, era onde“ O Coisa ruim” perdeu as botas.         Antônio, vendeu a casa, comprou um lote em um lugar mais próximo dos recursos e teve um prazo estipulado, para entregá-la ao novo proprietário.         Foi uma correria, para piorar o dinheiro da venda mau deu para levantar a casa no ponto de alvenaria, e tiveram que mudar para uma construção.         Era um sábado a tarde, encostou na porta de sua casa, um caminhão velho com alguns amigos na carroceria, para ajudar na mudança e, em instantes, estava toda a mobília no velho caminhão que, quase não conseguiu subir o morro, deslizando no cascalho, com seus pneus mais lisos que o dono da mudança.   ...

Pano pra manga retalho pra capanga "O nascimento"

Imagem
     Chegou o grande e medonho dia de Filipe vir ao mundo, a mulher estava ansiosa e com medo, devido ao trauma que teve em seu primeiro parto, em que a pobre mãe de primeira viagem, sofreu com as contrações por mais de doze horas, até dar à luz a sua primeira filha, o segundo não foi tão difícil, porém ela sentia que esse também não seria fácil, devido ela estar mais velha e por ser um enorme bebê, como revelara a ultrassonografia.      O marido levou a mulher até ao hospital no início da manhã, já em trabalho de parto, com a bolsa rompida.      Chegaram no hospital, foram recepcionados por uma enfermeira que encaminhou a mulher diretamente para a sala de parto, já com fortes contrações. O homem ficou na portaria rezando e esperando por notícias, e depois de duas horas, foi avisado por uma enfermeira que seu filho nascera e que poderia vê-lo. Antônio, muito emocionado, foi ao encontro da esposa e o bebê, imaginando pelos corredores do hosp...

Pano pra manga retalho pra capanga "A gravidez"

Imagem
  A gravidez                A mãe estava radiante e linda como das outras gravidezes, porém, se via nitidamente algo diferente, talvez o olhar mais meigo, um semblante alegre, porém demonstrando preocupação ou incerteza, era uma gravidez totalmente diferente das duas que tivera.       A  mulher vestiu um lindo vestido de estampas coloridas, deixando uma enorme silhueta, que mudava de forma o tempo todo, devido aos movimentos impacientes do pequeno ser, que não via a hora de sair daquele confortável, mas apertado útero.      Ela pegou na mão das duas crianças, uma menina de sete anos e um garoto de três aninhos, tomaram um ônibus e desembarcaram no centro de Bom Despacho, de modo a fazer uma ultrassonografia para ver o sexo do bebê.      A menina torcia o tempo inteiro para ser uma menina, e já tinha até a imagem da irmã retratada em sua mente e nos desenhos que fizera e mostrara a mãe....